Acetonido de Triancinolona 2,5mg/mL

Benefícios para tratamentos capilares, como alopécia e queda dos fios.

O que é?

O acetonido de triancinolona é considerado um glicocorticoide, com a molécula de cortisol na sua estrutura molecular, dando origem à sua classificação e ao seu efeito anti-inflamatório benéfico para tratamentos capilares.

Apresentação disponível

Acetonido de Triancinolona 2,5mg/mL

Benefícios comprovados em estudos

O acetonido de triancinolona possui diversas finalidades sistêmicas e locais. Estudos evidenciam sua eficácia em pacientes com asma e com dificuldades respiratórias, além dos seus efeitos anti-inflamatório, antipruriginoso e antialérgico. Seus resultados são satisfatórios também em edemas maculares, alopecia e queda capilar.

Mecanismos de ação

A forma biologicamente ativa dos corticoides, como o acetonido de triancinolona, acontece a partir de sua fração livre e não ligada a proteínas plasmáticas. Geralmente, as formas naturais acarretam em 10% da fração livre, enquanto as formas sintéticas apresentam menor afinidade pelas proteínas plasmáticas, ou seja, apresentam maior fração livre (aproximadamente 70%) e, consequentemente, maior potencial de ação, como é o caso do acetonido de triancinolona.

Dentro de praticamente todas as células do organismo existem hormônios glicocorticoides, os quais se ligam à fração dos ativos corticoides livres e penetram por difusão passiva. Com isso, os ativos são carregados até o núcleo celular, onde se alteram as transcrições de genes vinculados à imunidade. Outros efeitos observados são relacionados com os seguintes mecanismos: a diminuição de moléculas com capacidade inflamatória, como interleucinas e proteases, a inibição da ciclooxigenase 2, o aumento das anexinas 1 e 2 e a inibição de fosfolipase A, diminuindo a síntese de prostaglandinas e leucotrienos através do ácido araquidônico.

Estudos relacionam a incidência dos casos de alopecia areata com o aumento de fatores inflamatórios, principalmente interleucinas e células T CD4+ e CD8+, os quais impedem o prolongamento da fase anágena (fase inicial do crescimento capilar), prejudicando ou anulando o crescimento e a manutenção dos fios. Dessa forma, através do mecanismo corticosteroide e dos fatores anti-inflamatórios associados, o acetonido de triancinolona apresenta resultados satisfatórios no prolongamento da fase anágena e na restauração da saúde capilar. Veja na imagem abaixo um comparativo entre o folículo capilar saudável e o folículo capilar com alopecia areata.

Via de administração

Exclusivo Intradérmico (ID)

De acordo com a prática clínica, a administração de Acetonido de Triancinolona 2,5mg/mL é recomendada exclusivamente pela via intradérmica. Sua frequência de aplicação é indicada a cada 4 semanas, para evitar a atrofia do couro cabeludo. É imprescindível que se inicie a terapia com baixas doses para que seja avaliada individualmente a tolerância do ativo.

Efeitos adversos

Os efeitos adversos relatados com o uso de acetonido de triancinolona, assim como dos demais corticoides, variam proporcionalmente com a dose utilizada, assim como a frequência de administração e a duração do tratamento.

IMPORTANTE

Este material é de apoio técnico para prescritores e é proibida a sua divulgação para consumidores, nos termos do item 5.14 da RDC 67/2007.

Conteúdos relacionados

DERENDORF, H., Hochhaus, G., Rohatagi, S., Möllmann, H., Barth, J., Sourgens, H., & Erdmann, M. (1995). Pharmacokinetics of Triamcinolone Acetonide After Intravenous, Oral, and Inhaled Administration. The Journal of Clinical Pharmacology, 35(3), 302–305. doi:10.1002/j.1552-4604.1995.tb04064.

PEREIRA, Ana Líbia Cardozo et al. Uso sistémico de corticosteróides: revisión de literatura. Medicina Cutánea Ibero-Latino-Americana, v. 35, n. 1, p. 35-50, 2007.

DAMIANI, Durval; SETIAN, Nuvarte; DICHTCHEKENIAN, Vaê. Corticosteróides: conceitos básicos e aplicações clínicas. Pediatria, v. 6, p. 160-166, 1984.

YILMAZ, T., Cordero-Coma, M., & Federici, T. J. (2011). Pharmacokinetics of triamcinolone acetonide for the treatment of macular edema. Expert Opinion on Drug Metabolism & Toxicology, 7(10), 1327–1335. doi:10.1517/17425255.2011.606215

BURTON, JL; SHUSTER, S. Grandes doses de glicocorticóide no tratamento da alopecia areata. Acta dermato-venereológica , v. 55, n. 6, pág. 493-496, 1975.

LIMA, Caroline Oliveira et al. Uso de corticoides no tratamento da Alopecia Areata. Research, Society and Development, v. 12, n. 5, p. e2712541411-e2712541411, 2023.

PRATT, C., King, L., Messenger, A. et al. Alopecia areata. Nat Rev Dis Primers 3, 17011 (2017). doi.org/10.1038/nrdp.2017.11