Solução oftálmica com Trealose 6% + Hialuronato de sódio 0,15%/10mL

Formulação livre de conservantes

Maior hidratação e conforto aos olhos

A combinação de trealose e hialuronato de sódio oferece proteção avançada, hidratação profunda e lubrificação prolongada para a superfície ocular, atendendo às necessidades de conforto e recuperação dos olhos.

Enquanto a trealose se destaca por suas propriedades protetoras e hidratantes, o hialuronato de sódio, naturalmente presente no olho humano, tem a capacidade de reter água, promovendo hidratação e lubrificação eficazes da superfície ocular. Além disso, o hialuronato de sódio prolonga a permanência da solução na superfície do olho, proporcionando alívio duradouro e auxiliando no processo de cicatrização.

Apresentação disponível eye-icon

Trealose 6% + Hialuronato de sódio 0,15%/10mL

Solução oftálmica

Sugestão de uso

Recomenda-se 1 gota, de 1 a 3x ao dia nos olhos. Pode ser usado com lentes de contato. Necessário fechar o frasco imediatamente após o uso.

Indicações terapêuticas

ponto Antioxidante e anti-inflamatório

ponto Oferece proteção, recuperação e manutenção para a superfície dos olhos

ponto Atua no tratamento da síndrome do olho seco

ponto Auxilia no manejo de inflamações crônicas e lesões por radiação UVB

ponto Contribui para a hidratação ocular

ponto Ajuda na preservação da cornéa

Tecnologia PureFlow®: segurança e eficácia para os tratamentos

As embalagens dos colírios Essentia Pharma são desenvolvidas com o sistema PureFlow®, uma tecnologia patenteada. Seu mecanismo inovador oferece diferentes benefícios ao produto, contribuindo para a segurança e eficácia dos tratamentos.

Como funciona:

image-pureflow-1

Ao pressionar as laterais do
frasco, a válvula se abre.

image-pureflow-2

A gota é liberada com
a dosagem precisa.

image-pureflow-3

A válvula se fecha, vedando o frasco
e impedindo o retorno do líquido.

image-pureflow-4

A tecnologia PureFlow garante que nenhum ar contaminado entre no frasco.

Principais benefícios:

  • Elimina a necessidade de conservantes na formulação
  • Dosagem calibrada e precisa
  • Mecanismo que evita a contaminação por bactérias
  • Resistência química para que o material do frasco não reaja com a formulação
  • Maior conforto e segurança durante o período de tratamento

Proteção ocular livre de conservantes

Com a tecnologia PureFlow®, pudemos desenvolver uma formulação que conta apenas com a trealose e o hialuronato de sódio, ativos que irão oferecer benefícios reais aos olhos, sem a necessidade de conservantes.

Nossa escolha partiu de estudos que descrevem que o uso prolongado de colírios com conservantes pode causar alterações na superfície ocular, como desconforto, instabilidade do filme lacrimal, inflamação conjuntival, fibrose subconjuntival, apoptose epitelial e comprometimento da superfície da córnea. Por isso, é recomendável o uso de soluções oftálmicas sem conservantes, especialmente para pacientes submetidos a altas doses, tratamentos prolongados ou com condições pré-existentes da superfície ocular.

Por que utilizamos a trealose na formulação?

A trealose é um dissacarídeo não redutor composto por duas unidades de D-glicose ligadas por uma ligação α,α–1,1–glicosídica, conferindo uma estabilidade química superior em comparação a outros açúcares. Essa característica única torna a trealose uma substância amplamente reconhecida por sua capacidade de proteger estruturas celulares e permitir a sobrevivência de plantas e animais em condições de extrema desidratação.

trealose-na-formulacao

Imagem 1 – Estrutura molecular da Trehalose. | Fonte: Chemicalize, 2024.

No contexto ocular, as superfícies epiteliais, como a córnea e a conjuntiva, desempenham um papel crucial na proteção dos tecidos subjacentes contra agentes externos. No entanto, fatores ambientais, condições intrínsecas ou intervenções iatrogênicas podem causar danos celulares ou até mesmo morte celular, dando origem a condições clínicas como a síndrome do olho seco. Esses processos prejudiciais são frequentemente amenizados por mecanismos de defesa endógenos.

Mecanismo de ação

A trealose desempenha um papel fundamental como bioprotetor da superfície ocular, oferecendo múltiplos mecanismos de proteção contra danos causados por estressores ambientais, como radiação, poluentes, micróbios e ressecamento da superfície ocular. Esses fatores frequentemente geram espécies reativas de oxigênio (ROS) – radicais livres que podem comprometer o epitélio da córnea e da conjuntiva, prejudicando suas funções.

Nesse contexto, a trealose demonstrou alta eficiência na preservação da morfologia celular, da função das membranas e da capacidade proliferativa das células epiteliais da córnea. Sua ação é particularmente relevante na prevenção de morte celular induzida pelo ressecamento e na proteção contra alterações estruturais causadas por intervenções oftalmológicas, como a ceratomileuse subepitelial a laser, em que demonstrou preservar características morfológicas e funcionais da córnea.

Essa capacidade protetora reduz os danos estruturais e funcionais da córnea, preservando sua integridade frente a condições adversas. E a combinação de trealose com hialuronato de sódio em colírios potencializa esses efeitos, acelerando a reepitelização da superfície ocular e promovendo uma recuperação mais eficiente em comparação ao uso isolado de hialuronato.

A trealose também exerce um papel importante na modulação do estresse oxidativo, uma condição de desequilíbrio entre a geração de ROS e a capacidade do sistema antioxidante endógeno. Ela ativa o fator de transcrição NFE2L2, promovendo a expressão de genes antioxidantes e desintoxicantes, além de aumentar a expressão da proteína p62/SQSTM1, essencial na resposta antioxidante e na regulação de proteínas danificadas. Esses mecanismos reduzem a formação de ROS, produtos da peroxidação lipídica, e danos ao DNA, protegendo a córnea contra lesões causadas pela exposição ao UVB.

Além disso, ela também preserva a integridade mitocondrial, ao prevenir a formação de proteínas mal dobradas e reduzir a agregação proteica, contribuindo para a saúde celular, mesmo em condições de estresse severo.

O que dizem os estudos

Estudo em animais

Estudos em camundongos com olho seco e em coelhos com danos induzidos por UVB destacam os benefícios da trealose na proteção e regeneração ocular.

Nos modelos de olho seco, Chen et al. demonstrou que a aplicação de trealose anidra a 3% aumentou significativamente a secreção lacrimal após 14 dias de tratamento, reduziu a coloração de fluoresceína na córnea e promoveu o aumento da espessura do epitélio corneano, além de diminuir a presença de células apoptóticas. Li et al. complementou esses achados, demonstrando que a trealose restaurou a integridade epitelial da córnea com coloração homogênea de ocludina, normalização de proteínas estruturais e supressão da inflamação, eliminando a descamação celular.

Em modelos de danos por UVB conduzidos por Cejková et al., a trealose a 3% mostrou eficácia em reduzir a espessura da córnea, vascularização e inflamação, além de prevenir apoptose no estroma corneano e danos ópticos. Em estudos subsequentes, a trealose preservou a expressão de enzimas antioxidantes como glutationa peroxidase e catalase, ao mesmo tempo que suprimiu pró-oxidantes e citocinas inflamatórias, protegendo contra desequilíbrios oxidativos. Também foi observada melhora na cicatrização corneana, redução da neovascularização e restauração da transparência corneana, com supressão de hipóxia e apoptose celular.

Um quarto estudo, conduzido por Cejka et al., indicou que concentrações de 3% e 6% de trealose foram eficazes em reduzir espécies reativas de oxigênio e danos ao DNA, com maior eficácia na concentração de 6%. Após 14 dias de tratamento, ambas as concentrações restauraram a transparência da córnea e suprimiram a neovascularização, reforçando o papel da trealose como agente protetor e regenerador ocular em condições de estresse ambiental e oxidativo.

Estudos pilotos em seres humanos

Pesquisas demonstram os benefícios da trealose na proteção e regeneração do epitélio corneano. Em um estudo conduzido por Aragona et al. com 12 pacientes submetidos ao LASEK, foi observado que a aplicação de colírio de trealose 3% aumentou a vitalidade celular e preservou características morfológicas da córnea, prevenindo apoptose e estabilizando proteínas epiteliais durante o procedimento.

Outro estudo piloto, realizado por Fariselli et al., avaliou 15 pacientes com olho seco evaporativo, mostrando que o uso de colírio de trealose e ácido hialurônico por dois meses reduziu significativamente os sintomas e melhorou parâmetros como tempo de ruptura do filme lacrimal, danos à córnea e densidade de células caliciformes.

Além disso, a combinação de trealose 3% com ácido hialurônico (HA) 0,15% foi comparada ao uso isolado de ácido hialurônico em 23 pacientes submetidos a cross-linking corneano. O grupo tratado com trealose e ácido hialurônico apresentou reepitelização corneana mais rápida, com tempo médio de 2,3 dias contra 3,8 dias no grupo com HA isolado, destacando a superioridade da trealose na cicatrização epitelial. Esses achados reforçam a eficácia da trealose em preservar a morfologia celular e acelerar a recuperação da superfície ocular.

Imagem 2 – Fatores etiológicos do olho seco afetados pela trealose, conforme demonstrado em dados clínicos.
Fonte: Laihia J et al., 2020. | Adaptado por: Essentia Pharma

ARAGONA, P. et al. Protective effects of trehalose on the corneal epithelial cells. Scientific World Journal, v. 2014, p. 1–9, 2014. Disponível em: https://doi.org/10.1155/2014/717835.

ASTOLFI, G. et al. Comparison of Trehalose/Hyaluronic Acid (HA) vs. 0.001% Hydrocortisone/HA Eyedrops on Signs and Inflammatory Markers in a Desiccating Model of Dry Eye Disease (DED). Journal of Clinical Medicine, v. 11, n. 1518, 2022. Disponível em: https://doi.org/10.3390/jcm11061518.

CEJKA, C. et al. The Healing of Oxidative Injuries with Trehalose in UVB-Irradiated Rabbit Corneas. Oxidative Medicine and Cellular Longevity, v. 2019, Article ID 1857086, 10 p. Disponível em: https://doi.org/10.1155/2019/1857086.

CEJKA, C.; KUBINOVA, S.; CEJKOVA, J. Trehalose in ophthalmology. Histology and Histopathology, v. 34, n. 6, p. 611–618, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.14670/HH-18-082.

CEJKOVÁ, J.; CEJKA, C.; LUYCKX, J. Trehalose treatment accelerates the healing of UVB-irradiated corneas. Comparative immunohistochemical studies on corneal cryostat sections and corneal impression cytology. Histology and Histopathology, v. 27, n. 8, p. 1029–1040, 2012. Disponível em: https://doi.org/10.14670/HH-27.1029.

CHEN, W. et al. Trehalose protects against ocular surface disorders in experimental murine dry eye through suppression of apoptosis. Experimental Eye Research, v. 89, n. 3, p. 311–318, 2009. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.exer.2009.03.015.

EMANUELE, E. Can trehalose prevent neurodegeneration? Insights from experimental studies. Current Drug Targets, v. 15, p. 551–557, 2014.

FARISELLI, C.; VERSURA, P. Trehalose/hyaluronate eyedrop effects on ocular surface inflammatory markers and mucin expression in dry eye patients. Clinical Ophthalmology, v. 12, p. 1293–1300, 2018.

LAIHIA, J.; KAARNIRANTA, K. Trehalose for Ocular Surface Health. Biomolecules, v. 10, n. 809, 2020. Disponível em: https://doi.org/10.3390/biom10050809.

LI, J. et al. Therapeutic efficacy of trehalose eye drops for treatment of murine dry eye induced by an intelligently controlled environmental system. Molecular Vision, v. 18, p. 317–329, 2012. Disponível em: http://www.molvis.org/molvis/v18/a35.

LUYCKX, J.; BAUDOUIN, C. Trehalose: an intriguing disaccharide with potential for medical application in ophthalmology. Clinical Ophthalmology, v. 5, p. 577–581, 2011. Disponível em:

https://doi.org/10.2147/OPTH.S18827.

MATSUO, T.; TSUCHIDA, Y.; MORIMOTO, N. Trehalose Eye Drops in the Treatment of Dry Eye Syndrome. Ophthalmology, v. 109, p. 2024–2029, 2002. Disponível em:

https://doi.org/10.1016/S0161-6420(02)01219-8.

SETHI, R.; IYER, S. S.; DAS, E.; ROY, I. Discrete roles of trehalose and Hsp104 in inhibition of protein aggregation in yeast cells. FEMS Yeast Research, v. 18, p. 18–29, 2018.

WANG, Z. et al. Trehalose prevents the formation of aggregates of mutant ataxin-3 and reduces soluble ataxin-3 protein levels in an SCA3 cell model. Neuroscience, v. 555, p. 76–82, 2024. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.neuroscience.2024.06.036.