Solução oftálmica com
N-acetilcisteína
(NAC) 5% + Hialuronato de sódio 0,15%/10mL

Formulação livre de conservantes

Potente antioxidante, anti-inflamatório e mucolítico para os olhos

A N-acetilcisteína, derivada da L-cisteína, é amplamente reconhecida por suas ações antioxidante, anti-inflamatória e mucolítica. Quando combinada ao hialuronato de sódio, seus benefícios são potencializados: o hialuronato atua como agente mucoadesivo, prolongando o tempo de contato da NAC com a superfície ocular e favorecendo uma absorção mais eficaz.

Além disso, o hialuronato de sódio estabiliza a formulação, melhora a hidratação e lubrificação da córnea e reduz o atrito mecânico, proporcionando maior conforto ao paciente durante o tratamento com N-acetilcisteína (NAC) 5% + Hialuronato de sódio 0,15%.

Conheça mais sobre NAC e suas propriedades

NAC foi inicialmente descoberta como um agente mucolítico e, desde então, tem demonstrado grande potencial terapêutico em diversas áreas da medicina, incluindo a oftalmologia.

Sua ação mucolítica ocorre principalmente pela capacidade de reduzir as pontes dissulfeto das mucoproteínas, contribuindo para a diminuição da viscosidade das secreções oculares. Já o efeito antioxidante está relacionado à sua capacidade de neutralizar espécies reativas de oxigênio (ROS), prevenindo o dano oxidativo às células da córnea e da conjuntiva.

O potencial anti-inflamatório da NAC parte da sua capacidade de modular a expressão de citocinas inflamatórias e inibir metaloproteinases de matriz, enzimas envolvidas na degradação do colágeno corneano. Essa ação ajuda na recuperação da integridade da superfície ocular.

Por essas razões, a N-acetilcisteína tem sido muito estudada e aplicada no tratamento de quadros oculares, como ceratite filamentar, síndrome do olho seco, queimaduras químicas da córnea e disfunção das glândulas de Meibômio​.

Apresentação disponível eye-icon

N-acetilcisteína 5% + Hialuronato de sódio 0,15%/10mL

Solução oftálmica

Sugestão de uso

Recomenda-se 1 gota, de 1 a 3 vezes ao dia nos olhos ou de acordo com a prescrição. Necessário fechar o frasco imediatamente após o uso.

Em caso de dor ocular, vermelhidão intensa ou qualquer reação adversa, deve-se orientar a suspensão imediata do tratamento.

Indicações terapêuticas

ponto Ação antioxidante e anti-inflamatória: favorece a proteção da córnea contra danos celulares e estresse oxidativo

ponto Ação mucolítica: ajuda na redução da viscosidade das secreções oculares, melhorando a lubrificação e favorecendo a regeneração epitelial

ponto Auxilia no tratamento da síndrome do olho seco

ponto Contribui para a recuperação de úlceras corneanas

ponto Adjuvante em casos de queimaduras químicas oculares

ponto Pode ajudar na prevenção e no tratamento de ceratite filamentar

Tecnologia PureFlow®: segurança e eficácia para os tratamentos

As embalagens dos colírios Essentia Pharma são desenvolvidas com o sistema PureFlow®, uma tecnologia patenteada. Seu mecanismo inovador oferece diferentes benefícios ao produto, contribuindo para a segurança e eficácia dos tratamentos.

Como funciona:

image-suggestion

Ao pressionar as laterais do
frasco, a válvula se abre.

suggestion-2

A gota é liberada com
a dosagem precisa.

suggestion-3

A válvula se fecha, vedando o frasco
e impedindo o retorno do líquido.

suggestion-4

A tecnologia PureFlow garante que nenhum ar contaminado entre no frasco.

Principais benefícios:

  • Elimina a necessidade de conservantes na formulação
  • Dosagem calibrada e precisa
  • Mecanismo que evita a contaminação por bactérias
  • Resistência química para que o material do frasco não reaja com a formulação
  • Maior conforto e segurança durante o período de tratamento

Proteção ocular livre de conservantes

Com o mecanismo da tecnologia PureFlow®, pudemos desenvolver uma formulação que conta apenas com a N-acetilcisteína e o hialuronato de sódio, substâncias que irão oferecer benefícios reais aos olhos, sem a necessidade de conservantes.

Nossa escolha partiu de estudos que descrevem que o uso prolongado de colírios com conservantes pode causar desconforto ocular, instabilidade do filme lacrimal, inflamação e danos à superfície ocular, incluindo fibrose subconjuntival e apoptose epitelial. Por isso, é recomendável o uso de soluções oftálmicas sem conservantes, especialmente para pacientes submetidos a altas doses, tratamentos prolongados ou com condições pré-existentes da superfície ocular.

Mecanismo de ação

A N-acetilcisteína exerce seus efeitos terapêuticos na superfície ocular por meio de três principais mecanismos: atividade antioxidante, efeito mucolítico e modulação da inflamação.

Como um potente antioxidante, a NAC neutraliza espécies reativas de oxigênio (ROS), como radicais hidroxila e peróxidos, responsáveis pelo dano oxidativo às células epiteliais e estruturas corneanas. Essa ação ocorre devido à presença de grupos sulfidrila (-SH), que doam elétrons para neutralizar os radicais livres, prevenindo a degradação do colágeno corneano e a apoptose celular.

Além disso, ela é um precursor da glutationa intracelular — um dos principais antioxidantes endógenos — fundamental na proteção contra o estresse oxidativo, especialmente em doenças oculares inflamatórias crônicas, como ceratite filamentar e síndrome do olho seco.

Seu efeito mucolítico permite a quebra de pontes dissulfeto das mucoproteínas, reduzindo a viscosidade do muco e prevenindo a formação de depósitos na superfície ocular. Esse mecanismo é particularmente útil no tratamento de ceratites mucosas e distúrbios do filme lacrimal, em que o excesso de muco pode comprometer a lubrificação e a transparência da córnea.

No controle da inflamação, a NAC atua inibindo a ativação do fator nuclear kappa B (NF-κB), um regulador central na expressão de citocinas pró-inflamatórias, como IL-1, IL-6 e TNF-α. Essa inibição ajuda a reduzir a resposta inflamatória exacerbada, favorecendo a recuperação da integridade da superfície ocular.

Em estudos experimentais, a aplicação tópica de NAC demonstrou efeitos antiapoptóticos e cicatrizantes, acelerando a regeneração epitelial da córnea e protegendo contra danos oxidativos e inflamatórios. Também foi observada a sua capacidade de promover a reestruturação do epitélio corneano, sem efeitos adversos significativos.

Anaizi, N. H., Swenson, C. F., & Dentinger, P. J. (1997). Stability of acetylcysteine in an extemporaneously compounded ophthalmic solution. American Journal of Health-System Pharmacy, 54(5), 549–553. https://doi.org/10.1093/ajhp/54.5.549

Atabek Yigit, E., & Ercal, N. (2013). Release of N-acetylcysteine and N-acetylcysteine Amide from contact lenses. Eye & Contact Lens: Science & Clinical Practice, 39(5), 335–340. https://doi.org/10.1097/icl.0b013e3182a2f8bc

Eghtedari, Y., Oh, L. J., Di Girolamo, N., & Watson, S. L. (2022). The role of topical N-acetylcysteine in ocular therapeutics. Survey of Ophthalmology, 67(2), 608-622. https://doi.org/10.1016/j.survophthal.2021.07.008

Gujral, G. S., Askari, S. N., Ahmad, S., Zakir, S. M., & Saluja, K. (2020). Topical vitamin C, vitamin E, and acetylcysteine as corneal wound healing agents: A comparative study. Indian Journal of Ophthalmology, 68(12), 2935-2939. https://doi.org/10.4103/ijo.IJO_1463_20

Li, X., Kang, B., Woo, I. H., Eom, Y., Lee, H. K., Kim, H. M., & Song, J. S. (2018). Effects of topical mucolytic agents on the tears and ocular surface: A plausible animal model of mucin-deficient dry eye. Investigative Ophthalmology & Visual Science, 59(7), 3104-3114. https://doi.org/10.1167/iovs.18-23860

Thermes, F., Molon-Noblot, S., & Grove, J. (1991). Effects of acetylcysteine on rabbit conjunctival and corneal surfaces: A scanning electron microscopy study. Investigative Ophthalmology & Visual Science, 32(11), 2958-2963. PMID: 1917399