A ectoína é um extremófilo que tem demonstrado grande eficácia na proteção da superfície ocular, oferecendo propriedades estabilizadoras, protetoras, hidratantes e anti-inflamatórias. Estudos clínicos e pré-clínicos comprovam que ela pode reduzir a cascata inflamatória, proteger as células da superfície ocular e melhorar a hidratação da córnea e da conjuntiva, tornando-se uma alternativa para tratamento de quadros inflamatórios oculares.
Para potencializar os benefícios terapêuticos da ectoína, esse ativo foi combinado com o hialuronato de sódio e o D-pantenol. O hialuronato de sódio é amplamente reconhecido por sua excelente capacidade de retenção de água e por formar uma película protetora sobre a superfície ocular, proporcionando alívio imediato dos sintomas de ressecamento e desconforto. Já o D-pantenol possui propriedades hidratantes e calmantes, combinação que favorece a regeneração celular e reduz a inflamação.
O que são extremófilos?
Os extremófilos são moléculas naturais produzidas por microrganismos que habitam ambientes extremos, como locais com altas temperaturas, elevada concentração de sal, intensa radiação UV e condições de desidratação. Esses microrganismos sintetizam os extremófilos como uma estratégia de adaptação e proteção contra tais condições adversas, estabilizando proteínas e membranas celulares, o que possibilita sua sobrevivência.
A superfície ocular, por sua vez, está constantemente sujeita a uma variedade de fatores de estresse, como poluição, radiação ultravioleta, mudanças de temperatura e ressecamento, que podem causar irritação e inflamação nos epitélios, resultando em desconforto e comprometimento da visão. Para o tratamento eficaz dessas condições, são necessárias a proteção e a estabilização das membranas celulares, especialmente das células da superfície ocular, isso é, a atuação dos extremófilos para controlar a inflamação e restaurar a integridade dos olhos.
Apresentação disponível
Ectoína 2% + D-pantenol 2% + Hialuronato de sódio 0,2%/10mL
Solução oftálmica
Sugestão de uso
Recomenda-se 1 gota, de 1 a 3 vezes ao dia nos olhos, ou de acordo com a necessidade de cada paciente. Pode ser usado com lentes de contato. Necessário fechar o frasco imediatamente após o uso.
Em casos de dor ocular, vermelhidão intensa ou qualquer reação adversa, deve-se orientar a suspensão imediata do tratamento.
Indicações terapêuticas
Possui ação protetora e estabilizadora da camada lacrimal
Atua na recuperação de cirurgias oftálmicas
Auxilia no tratamento da síndrome do olho seco, nas alergias oculares e na exposição à poluição, ao vento ou à radiação UV
Contribui para o alívio de irritações e inflamações oculares
Ajuda no manejo de distúrbios relacionados ao filme lacrimal e à camada lipídica
Tecnologia PureFlow®: segurança e eficácia para os tratamentos
As embalagens dos colírios Essentia Pharma são desenvolvidas com o sistema PureFlow®, uma tecnologia patenteada. Seu mecanismo inovador oferece diferentes benefícios ao produto, contribuindo para a segurança e eficácia dos tratamentos.
Como funciona:
Ao pressionar as laterais do
frasco, a válvula se abre.
A gota é liberada com
a dosagem precisa.
A válvula se fecha, vedando o frasco
e impedindo o retorno do líquido.
A tecnologia PureFlowⓇ garante que nenhum ar contaminado entre no frasco.
Principais benefícios:
Elimina a necessidade de conservantes na formulação
Dosagem calibrada e precisa
Mecanismo que evita a contaminação por bactérias
Resistência química para que o material do frasco não reaja com a formulação
Maior conforto e segurança durante o período de tratamento
Proteção ocular livre de conservantes
Com a tecnologia PureFlow®, desenvolvemos uma formulação que conta apenas com a ectoína, o D-pantenol e o hialuronato de sódio, substâncias que irão oferecer benefícios reais aos olhos, sem a necessidade de conservantes.
Nossa escolha partiu de estudos que descrevem que o uso prolongado de colírios com conservantes pode causar desconforto ocular, instabilidade do filme lacrimal, inflamação conjuntival, fibrose subconjuntival, apoptose epitelial e comprometimento da superfície da córnea. Por isso, é recomendável o uso de soluções oftálmicas sem conservantes, especialmente para pacientes submetidos a altas doses, tratamentos prolongados ou com condições pré-existentes da superfície ocular.
Mecanismo de ação
A ectoína é um potente protetor celular com um efeito único de hidratação preferencial. Essa ação ajuda a estabilizar as proteínas e lipídios das membranas celulares, protegendo as células contra os danos. Além disso, a ectoína atua reorganizando as moléculas de água e excluindo os osmólitos da interação com proteínas e membranas, o que estabiliza sua estrutura e morfologia nativa.
A hidratação direcionada das biomoléculas, como proteínas e membranas celulares, ocorre por meio da estabilização desses agentes, tornando-os mais resistentes ao estresse ambiental. A partir disso, a ectoína mantém as moléculas de água próximas à superfície das proteínas, diminuindo sua movimentação e criando uma camada protetora que estabiliza as proteínas ao modificar as propriedades da água como solvente.
Outra ação importante é que a ectoína também minimiza a desnaturação das proteínas, tornando o desdobramento delas menos favorável. E a hidroxiectoína, com seu grupo OH, pode substituir parcialmente as moléculas de água perdidas (por exemplo, durante a desidratação ou exposição ao calor), proporcionando ainda mais estabilidade à estrutura dos biopolímeros.
Figura 1 – Mecanismo de ação da ectoína influenciando as moléculas de água e estabilizando proteínas. Na presença da ectoína, a estrutura da água se torna mais organizada e compacta, criando um ambiente protetor que ajuda a estabilizar as proteínas e preservar suas funções, mesmo em condições adversas.
Fonte: Bilstein, et al. 2021.
O filme lacrimal, que umedece e protege a conjuntiva e a córnea, é composto por uma camada interna rica em mucina, uma fase aquosa e uma camada lipídica externa. Essa última camada, formada por lipídios polares, estabelece uma barreira entre a fase aquosa e o ar.
A ectoína pode corrigir distúrbios na camada lipídica, aumentando a área de superfície ocupada pelos fosfolipídios, o que reduz a rigidez da camada e diminui a probabilidade de sua ruptura. Isso facilita a propagação e a elasticidade da camada lipídica, contribuindo para sua estabilidade. Confira na figura a seguir esse mecanismo.
Figura 2 – Modelo molecular do efeito da ectoína na camada lipídica do fluido lacrimal.
Fonte: Dwivedi et al., 2014.
O efeito cosmotrópico da ectoína nas moléculas de água também estabiliza o tecido e reduz a inflamação. Quando aplicada na superfície ocular, ela estabiliza tanto o tecido quanto a camada do meibum (substância oleosa produzida pelas glândulas de meibômio, que estão localizadas nas pálpebras superiores e inferiores próximas às margens dos cílios). Esse mecanismo explica seu efeito positivo em irritações e inflamações nos olhos.
Figura 3 – Efeitos da ectoína nas membranas celulares (bicamadas lipídicas) sem estresse externo.
Fonte: Bilstein, et al. 2021.
Figura 4 – Efeito protetor da ectoína contra danos externos. A interação da ectoína com a água resulta na proteção das membranas celulares (bicamadas lipídicas), levando assim à redução da liberação de mediadores de estresse.
Fonte: Bilstein, et al. 2021.
IMPORTANTE
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Postado
09 maio, 2025| Atualizado 12 maio, 2025 | Tempo de leitura 17 min
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