Fosfatidilcolina: benefícios para o cérebro, fígado e circulação
A fosfatidilcolina é o fosfolipídio de maior presença nas membranas celulares e possui dentre suas principais funções fornecer colina para o corpo. Sua utilização é bastante conhecida por auxiliar em diversos tipos de tratamento de doenças cerebrais, mas principalmente por seus benefícios nos tratamentos de doenças hepáticas.
A fosfatidilcolina trabalha na manutenção da integridade das membranas celulares e está envolvida em uma série de processos fisiológicos. Neste post, o foco será a interação com o fígado, o cérebro e o sistema cardiovascular. Acompanhe.
Fosfatidilcolina e o fígado
Quimicamente, a fosfatidilcolina é um glicerofosfolipídeo constituído por um grupo de ácido graxo, fosfato e colina. Essa estrutura é facilmente reconhecida quando ingerida tornando-se peça-chave na atividade das membranas celulares e fonte de colina para o corpo.
Apesar das células serem capazes de sintetizar colina, a idade, níveis hormonais e alimentação influenciam a eficiência dessa produção.
A proteção hepática proveniente do uso de fosfatidilcolina se baseia na sua capacidade de se incorporar às membranas das células hepáticas, e com isso, auxiliar no aumento da fluidez da membrana e transporte de substâncias. Consequentemente, esta atuação melhora também o funcionamento das enzimas envolvidas.
A fosfatidilcolina protege e auxilia na recuperação das células hepáticas expostas a situações, como:
ingestão abusiva de álcool;
fármacos;
outras substâncias tóxicas;
em pacientes acometidos com hepatite viral.
Além disso, a fosfatidilcolina tem atividade antioxidante, reduzindo os radicais livres e modulando sua resposta imune.
Mecanismo de ação da fosfatidilcolina no fígado:
reestrutura e estabiliza membranas celulares danificadas;
normaliza a permeabilidade celular;
melhora o metabolismo celular;
reativa as enzimas ligadas à membrana;
estimula a regeneração dos hepatócitos e reduz o risco de formação de cálculo biliar;
antioxidante de membrana: neutraliza a peroxidação lipídica devido aos radicais livres.
O uso da fosfatidilcolina mostra-se extremamente benéfico para uma série de doenças hepáticas como: hepatite alcoólica, esteatose hepática, hepatites B e C e intoxicação medicamentosa.
Fosfatidilcolina e o cérebro
Assim como no fígado, a fosfatidilcolina também se incorpora na membrana das células cerebrais, exercendo uma função crítica no transporte de gordura de uma célula para outra — mecanismo vital para manter as estruturas celulares intactas.
Em paralelo, a fosfatidilcolina fornece a substância colina, principal precursora da acetilcolina.
Acetilcolina
É um neurotransmissor que desempenha um papel importante em funções cognitivas, como aprendizagem e memória.
Sendo assim, há um grande interesse em insumos capazes de aumentar os níveis de acetilcolina cerebral, melhorando assim os processos cognitivos.
Em alguns trabalhos observou-se que após a administração contínua de fosfatidilcolina ocorre um aumento dos níveis cerebrais de acetilcolina bem como a melhora da memória e aprendizado.
Fosfatidilcolina e o sistema cardiovascular
A fosfatidilcolina apresenta um importante papel na absorção intestinal de lipídios. A sua presença aumenta a solubilidade das micelas de gordura formando quilomicrons, que são considerados meios de transporte dos lipídeos entre a mucosa intestinal e as células.
A formação e secreção das lipoproteínas DHL e LDL são influenciadas pela presença da fosfatidilcolina. Dessa forma, auxilia na retirada do excesso de colesterol livre das membranas celulares e do próprio endotélio, evitando assim o seu acúmulo e progressão para as placas aterosclerótica.
Além disso, a colina auxilia na diminuição da concentração de homocisteína no sangue – aminoácido presente no plasma do sangue que está relacionado ao risco aumentado de doenças cardiovasculares.
A suplementação com fosfatidilcolina pode ser uma opção para pacientes que necessitam de maiores cuidados com o fígado e com a circulação sanguínea e linfática. Também é uma alternativa interessante para aqueles que desejam potencializar a memória e a aprendizagem, dadas as suas funções a nível cerebral.
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