Nutrientes indispensáveis para a saúde da pele

Nutrientes para a formação de Colágeno

O colágeno tipo I é o principal componente da pele, respondendo por 80% do seu total. Ele é responsável pela estruturação do tecido, além de conferir resistência e flexibilidade. Para que o corpo consiga sintetizar as moléculas de colágeno, é preciso que ele disponha de três aminoácidos: glicina, prolina e lisina. Além destes aminoácidos, há outras substâncias que, quando presentes no organismo, têm a capacidade de impulsionar a síntese de colágeno. Os aminoácidos treonina e arginina, assim como a vitamina C, participam da transformação de glicina e prolina em hidroxilisina e hidroxiprolina. Estes últimos estabilizam a tripla hélice do colágeno, e sua ausência resulta na formação de colágeno estruturalmente instável. As vitaminas A (betacaroteno), B7 (biotina) e E (tocoferóis) também têm papel importante na formação e estabilização das moléculas de colágeno. Entre os minerais, o zinco e o cobre desempenham papel importante no processo de produção de colágeno. Todos os nutrientes necessários para garantir a produção de colágeno podem ser consumidos na alimentação. Entre os aminoácidos, as fontes podem ser a lentilha (glicina), a soja (lisina) e as nozes (prolina, arginina e treonina). A laranja e a acerola são fontes famosas de vitamina C; enquanto a manga pode fornecer vitamina A; o abacate, vitamina E; e as amêndoas, vitamina B7 (biotina). Boas fontes de minerais são a castanha-de-caju (zinco) e o espinafre (cobre).

Alimentos para A formação de elastina

A elastina é uma proteína composta pelos aminoácidos glicina, alanina, valina e prolina. Tem propriedades comparáveis às da borracha, voltando à sua dimensão inicial após ser esticada. Ela é responsável pela elasticidade e resiliência da pele. A densidade da rede de elastina aumenta desde o nascimento, atingindo o seu ápice aos 30 anos, em média. A degeneração da elastina está associada ao envelhecimento, e, aos 75 anos, a perda média acumulada está entre 50% e 75%. O envelhecimento cronológico das fibras elásticas é mais intenso nas áreas expostas à radiação solar, onde se verifica a destruição progressiva por radicais livres. As fibras elásticas tornam-se espessadas, emaranhadas, degradadas e disfuncionais. Com a degeneração, ocorre a diminuição da elasticidade da pele e a formação de rugas. Estas proteínas precursoras podem ser encontradas na lentilha (glicina), carnes, leite e ovos (ananina), feijão (valina) e nozes (prolina).

Ácido hialurônico

A pele é o órgão que tem a maior concentração de ácido hialurônico no organismo. E a saúde da pele é beneficiada por, ao menos, três características deste ácido:

• Ao preencher os espaços não ocupados pelas células, confere resistência aos tecidos cutâneos.

• O ácido hialurônico apresenta uma alta capacidade de reter água, o que proporciona
uma boa hidratação da pele.

• Tem efeito antioxidante, pois atua como neutralizador de radicais livres, aumentando
a proteção da pele em relação à radiação UV.

Ao reestabelecer os níveis de ácido hialurônico nas camadas internas da pele, reencontra-se o equilíbrio hídrico, regula-se a distribuição de proteínas nos tecidos e compõe-se um ambiente físico no qual ocorre o movimento das células, contribuindo para a melhora na estrutura e elasticidade da pele. Consequentemente, são notadas a redução de rugas e a suavização das linhas de expressão.

Não há consenso sobre como estimular, por via alimentar, a produção endógena de ácido hialurônico. Porém, excelentes resultados têm sido obtidos com a suplementação do ácido pronto, que pode ser obtido a partir de fontes veganas ou não.