PRASTERONA

Precursor hormonal
Ajuda na prevenção do envelhecimento
Melhora os sintomas da menopausa

O que é?

A prasterona, também conhecida como Dehidroepiandrosterona (DHEA), é um hormônio secretado predominantemente pelo córtex adrenal. Seus níveis endógenos decaem com a progressão da idade e em patologias específicas. Apesar do seu mecanismo de ação mais difundido ser sua atuação como precursor para a formação de hormônios androgênicos e estrogênicos, há indícios de que a prasterona apresente também ações fisiológicas próprias nos mais diversos órgãos – inclusive podendo ser utilizada em uma ampla lista de manifestações clínicas, destacando aquelas relacionadas ao aparelho reprodutor, ação cerebral e imunológica.

Como funciona?

A prasterona é sintetizada principalmente no córtex adrenal e boa parte é convertida em S-DHEA pela enzima sulfotransferase no fígado. Na circulação, a concentração de S-DHEA chega a ser 250 vezes maior do que a de prasterona. Já nos tecidos alvo ocorre uma reconversão de S-DHEA para prasterona que pode ser metabolizado em androstenediol, androstenediona, estrona, testosterona, dihidrotestosterona e 17-ß-estradiol.

Quando administrada por via oral, a prasterona se converte rapidamente em S-DHEA, agindo então como um reservatório e podendo retornar ao estado inicial de prasterona conforme a necessidade fisiológica do corpo. O tempo de meia-vida do S-DHEA é de 14 horas, cerca de 48 vezes o valor da meia-vida da prasterona. Por via sublingual, a transformação em S-DHEA acontece de forma mais lenta que a via oral devido à passagem progressiva pelo fígado. Pela via transdérmica e via intravaginal, a prasterona também apresenta uma boa absorção.

Estudos mostram que o uso diário de prasterona 20% via tópica em homens e mulheres saudáveis foi capaz de aumentar os níveis séricos de prasterona em 175% e 200% acima dos valores basais.

Quais as principais indicações?

Quais as principais indicações?

Antiaging
Menopausa
Disfunção erétil
Melhora da função imune
Doença cardiovascular
Osteoporose

Diabetes resistente à insulina
Obesidade
Perimenopausa
Disfunção sexual
Lupus eritematoso sistêmico
Atrofia vaginal

Insuficiência adrenal
Alzheimer
Anorexia
Fadiga crônica
Doença de Crohn
Depressão

Sistema nervoso central – Função endotelial
Prevenção de ateroscleroseComposição corporal
Função sexual – Metabolismo ósseo – Resposta imune – Função mitocondrial

Há estudos sobre os
benefícios da prasterona?

Há estudos sobre os
benefícios da prasterona?

Prevenção do envelhecimento

O envelhecimento é um processo biológico natural e extremamente complexo com presença de acúmulo de estresse oxidativo, inflamação crônica de baixo grau, disfunção imunológica e endócrina. Apesar de inevitável, esse processo pode ser acelerado ou retardado de acordo com o estilo de vida e fatores genéticos do indivíduo. Um fato descrito em literatura científica é que a Prasterona diminui consideravelmente conforme o avanço da idade, levando a um aumento da proporção cortisol/prasterona que acaba se associando com aceleração do envelhecimento, principalmente cerebral.

Um estudo analisou 30 indivíduos de idade entre 40 e 70 anos que receberam 50 mg/dia de prasterona ou placebo por um período de 3 meses. Foi relatada, pelos voluntários em tratamento, uma melhora física e psicológica em 67% dos homens e 84% das mulheres.

Sistema Nervoso Central

Uma redução das concentrações de prasterona no líquido cefalorraquidiano foi observada em patologias neurodegenerativas como na doença de Alzheimer, esquizofrenia e esclerose múltipla, bem como em patologias neurocognitivas como no transtorno de estresse pós-traumático. Sugere-se que a prasterona pode regular a função neuronal, sendo considerada um neuroesteróide. A prasterona também foi implicada na proteção dos efeitos deletérios dos corticosteróides na sobrevida de neurônios, além de exibir efeito anti-inflamatório cerebral, principalmente por reduzir a produção de citocinas pró-inflamatórias como TNF-α, IL-6 e IL-12.

Estudos randomizados realizados em grupos de mulheres com insuficiência adrenal ou pós-menopausa natural que fizeram uso de prasterona contra placebo, em doses que variaram de 25 a 100 mg/dia, por período de tempo de 3 a 12 meses, demonstraram melhora significativa em bem-estar, humor e fadiga, com diminuição da ansiedade e da depressão.

Menopausa

Estudo clínico realizado com 113 mulheres na pós-menopausa mostrou que o tratamento oral com prasterona aumentou os níveis de testosterona sérica total, libido, atividade e satisfação sexual conforme pode ser mostrado no gráfico abaixo:

Em estudo multicêntrico prospectivo que avaliou o efeito da prasterona 10mg em aplicações intravaginais diariamente durante um período de 12 semanas em mulheres na pós- menopausa, demonstrou-se melhora em relação ao placebo em vários domínios da sexualidade: 68% em excitação, 39% na lubrificação, 75% em relação ao orgasmo e 57% da dispareunia por secura vaginal, sendo considerada uma excelente alternativa terapêutica, sem riscos sistêmicos.

Osteoporose

A relação da prasterona na osteoporose começou a ser avaliada em um estudo realizado em mulheres com insuficiência adrenal. Nesses pacientes, a redução da perda óssea e concentrações plasmáticas de prasterona e testosterona são mais acentuadas do que em um indivíduo saudável na pós-menopausa, mostrando que a prasterona e a testosterona são essenciais para manutenção da massa óssea em mulheres na pós-menopausa. Em outro estudo, foi possível verificar que a concentração de S-DHEA estava 50% menor nas mulheres que apresentavam baixa densidade óssea – e que mulheres com menor concentração de prasterona apresentam mais chances de desenvolver a osteoporose.

Síndrome metabólica
e aumento da massa magra

Outros trabalhos também têm mostrado que o uso da prasterona é capaz de melhorar a sensibilidade da insulina e redução da gordura corporal, concluindo que essa inter-relação pode ser explicada pela formação de seus metabólitos bioativos como andrógenos ou estrógenos. Além disso, a prasterona pode ser aliada a um tratamento de exercícios de resistência em idosos, melhorando sua força e massa magra, principalmente em mulheres.

Segurança de uso
e interação medicamentosa

Apesar de relatada como segura em diversos artigos, sugere- se que o acompanhamento médico das dosagens séricas dos hormônios sexuais e do S-DHEA do paciente seja mantido, bem como avaliação constante de seu quadro clínico. Como efeitos colaterais mais comuns, são citados aqueles ligados à ação androgênica, que incluem acne e hirsutismo principalmente em mulheres. Recomenda-se a introdução em doses baixas (10 a 15 mg) em mulheres, e que sua dosagem suba de forma progressiva. Seu uso deve ser suspenso imediatamente caso esses efeitos androgênicos desagradáveis apareçam. Por se tratar de um precursor hormonal, recomenda-se monitorar sua metabolização e conversão em outros hormônios. Em homens, recomenda-se verificar se não está se convertendo em estradiol por ação da aromatase, sendo indicado modular medicamentosamente se necessário.

Com relação à interação com outros medicamentos, há relatos de potencialização dos hormônios tireoidianos com o uso de prasterona, sendo muitas vezes necessário ajustar a dose do T3 e T4. O uso de corticosteróide pode inibir o ACTH e, consequentemente, diminuir os níveis prasterona e S-DHEA. Por isso, é indicada a suplementação de prasterona em pacientes com uso crônico de corticoides. Fármacos que induzem enzimas P450 aumentariam o metabolismo da prasterona e S-DHEA, diminuindo as concentrações desses hormônios na circulação e alterando a proporção dos seus vários metabólitos. Danazol, por ser um inibidor da sulfatase, pode diminuir a conversão do S-DHEA para prasterona.

Qual a dose usual?

Mulheres: 10 a 50mg ao dia.
Homens: 25 a 100mg ao dia.

Por via intravaginal, a dose pode ser reduzida em 25 a 50%. Deve-se realizar avaliação laboratorial dos hormônios sexuais (não só do S-DHEA) para adequar a dosagem ideal para cada paciente após 4 a 8 semanas de uso. Preconiza-se que o melhor horário de administração seja ao deitar.

Este material é de apoio técnico para prescritores e é proibida a sua divulgação
para consumidores, no termos do item 5.14 da RDC 67/2007.

A prasterona é um medicamento controlado, presente na portaria 344 e
necessita de Receita de Controle Especial quando o seu uso for interno.
Para uso tópico a venda também é sob prescrição, porém sem retenção de receita.

IMPORTANTE

Este material é de apoio técnico para prescritores e é proibida a sua divulgação para consumidores, no termos do item 5.14 da RDC 67/2007.

A prasterona é um medicamento controlado, presente na portaria 344 e necessita de Receita de Controle Especial quando o seu uso for interno. Para uso tópico a venda também é sob prescrição, porém sem retenção de receita.

Prasterona via oral

  • Prasterona 75 mg
  • Excipiente qsp 30 doses

Sugestão posológica:
Tomar 1 dose via oral ao deitar.



Prasterona - via transdérmica

  • Prasterona 50 mg
  • Creme transdermico de alta absorção qsp 1 ml

Sugestão posológica:
Aplicar 1 dose = 1 ml = 1 pump na pele a noite.



Prasterona - óvulo vaginal

  • Prasterona 30 mg
  • Óvulo vaginal qsp 1 unidade

Sugestão posológica:
Introduzir um óvulo via vaginal ao deitar.



Prasterona - creme vaginal

  • Prasterona 10 mg
  • Creme vaginal qsp 1 ml

Sugestão posológica:
Aplicar via vaginal 1 dose = 1 ml ao deitar.



1. Clark BJ; et al. Mechanisms of Action of Dehydroepiandrosterone. Vitamins and Hormones, 2018

2. Prough RA , et al. Novel mechanisms for DHEA action. J Mol Endocrinol. 2016.

3. El-Sakka AI. Dehydroepiandrosterone and Erectile Function:A Review. World J Mens Health 2018.

4. Gaby, AR. Dehydroepiandrosterone:Biological Effects and Clinical Significance. Alternative Medicine Review, 1996.

5. Munarriz R, et al. Androgen replacement therapy with dehydroepiandrosterone for androgen insufficiency and female sexual dysfunction: androgen and questionnaire results. J Sex Marital Ther 2002.

6. Olech E; Merrill JT. DHEA supplementation: The claims in perspective. CLEVELAND CLINIC JOURNAL OF MEDICINE, 2005

7. Powrie ysl, Smith C, et al. Central intracrine DHEA synthesis in ageing-related neuroinflammation and neurodegeneration: therapeutic potential? Journal of Neuroinflammation, 2018.

8. Sauer U, et al. Efficacy of intravaginal dehydroepiandrosterone (DHEA) for symptomatic women in the peri- or postmenopausal phase. Maturitasm, 2018.

9. Yen SSC, et al. Replacement of DHEA in aging men and women. Potential remedial effects. Ann NY Acad Sci 1995.