Ocitocina 10UI/2mL – EV / IM/ SC
Melhora dos fatores emocionais e redução dos níveis de ansiedade e estresse.
Introdução
A ocitocina (OXT) é considerada um hormônio pleiotrópico, isso é, que tem a capacidade de se modificar e se ligar a diferentes receptores. Sua administração endovenosa é amplamente conhecida pelos efeitos relacionados à indução do trabalho de parto.
Atualmente, a ocitocina vem sendo cada vez mais estudada pelos seus efeitos na saúde cerebral, cognitiva, imunológica e anti-inflamatória, especialmente quando administrada pelas vias intramuscular e subcutânea. Pesquisas apontam que essas funções atribuem capacidades neuroprotetoras, aumentando o efeito sináptico, diminuindo a ansiedade e promovendo a melhora dos fatores emocionais pela liberação de neurotransmissores.
No entanto, pesquisas apontam que a molécula da ocitocina é amplamente conhecida por ser instável em temperatura ambiente e em soluções aquosas, facilitando sua degradação nessas condições. Por essa razão, desenvolvemos a Tecnologia StabilSolution, um mecanismo que auxilia na estabilidade da ocitocina em meio aquoso.
Tecnologia StabilSolution
A StabilSolution é uma tecnologia que, de acordo com diferentes testes práticos, garante o equilíbrio molecular dos compostos presentes em solução, mantendo o teor do ativo por todo o seu período de utilização.
Através dessa tecnologia, disponibilizamos uma ocitocina altamente estável por um tempo superior, conforme demonstrado no gráfico abaixo.
Após a análise comparativa, é possível certificar que a Ocitocina 10UI/2mL comum degradou aproximadamente 40% em 10 horas, enquanto que a Ocitocina StabilSolution 10UI/2mL manteve o teor próximo a 100% por todo o período do estudo (20 horas).
Além disso, como elucidado na imagem abaixo, um estudo interno demonstrou que a solução de Ocitocina StabilSolution, armazenada em refrigeração (2-8ºC), é estável por até 6 meses para utilização.
Apresentação disponível
Ocitocina 10UI/2mL – EV / IM/ SC
Armazenamento sob refrigeração (2°C a 8°C)
Mecanismos de ação
De forma endógena, a ocitocina e o seu receptor estão diretamente envolvidos nos processos de crescimento, aprendizado e resiliência. Através do seu mecanismo e da facilidade de alterar sua estrutura para se ligar a diferentes receptores, ela pode realizar inúmeras atividades, promovendo benefícios para os sistemas nervoso central e imunológico, além de atuar como antioxidante e anti-inflamatório.
Seus receptores (OXTR), a partir da atuação de um agonista seletivo (TGOT), possuem diferentes funcionalidades nas células e no tecido alvo atingido. Eles estão localizados no cérebro, no útero, nas glândulas mamárias, na aorta, no esôfago, nas células musculares lisas e no trato gastrointestinal. São acoplados à proteína de ligação (proteína G) e estimulam a produção de fosfolipase C (PLC), que, consequentemente, promove o fechamento dos canais de K+ (KCNQ) para, a partir do receptor Fosfatidilinositol 4,5-Difosfato (PIP2), produzir inositol (IP3) e diacilglicerol (DAG), ativando cascatas de proteína quinase C (PKC). Veja na imagem abaixo como essa ativação eleva os níveis de cálcio (Ca²+) dentro das células neuronais e possibilita a despolarização e a liberação dos neurotransmissores, aumentando a excitabilidade e a plasticidade sináptica.
Imagem 1: Mecanismo de ação neuronal | Fonte: Froemke, Robert C.; Young, Larry J., 2021. | Adaptado: Essentia Pharma
Por essas razões, estudos evidenciam que o aumento de ocitocina está relacionado com a melhora dos efeitos sociais, reduzindo a ansiedade e o estresse e potencializando os aspectos sociais relacionados à autoconfiança.
Conforme demonstrado na imagem abaixo, pesquisas também associaram os efeitos cerebrais da ocitocina à ínsula anterior (aINS), à amígdala (AMY), ao hipotálamo (HT), ao giro frontal inferior (IFG), ao lóbulo parietal inferior (IPL), ao córtex pré-frontal medial (mPFC), ao sulco temporal superior (pSTS), ao giro temporal superior (sTG) e ao ventral estriado (SV). Todos esses locais podem receber sinais de ativação pela ocitocina, resultando em ações específicas direcionadas para o comportamento social e emocional.
Imagem 2: Local de atividade da ocitocina cerebral. | Fonte: Herpertz, Sabine C.; Bertsch, Katja., 2016.
Adaptado: Essentia Pharma
A ciência também aponta que, dependendo do ambiente nutricional do paciente, a ocitocina auxilia no gasto energético através da lipólise. Esse mecanismo se dá pela modulação da ingestão alimentar homeostática orientada por recompensa, relacionando positivamente o aumento na ocitocina circulante com o aumento de massa magra e a densidade mineral óssea. Veja na imagem abaixo como funciona:
Imagem 3: Efeito da ocitocina na lipólise e na densidade óssea. | Fonte: Shana E McCormack, James E Blevins, Elizabeth A Lawson, 2020. | Adaptado: Essentia Pharma
Vias de administração
A Ocitocina 10UI/2mL pode ser administrada pelas vias endovenosa subcutânea ou intramuscular. É indicado que se inicie o tratamento com baixas doses, de acordo com a prática clínica do prescritor, e que sejam seguidos todos os cuidados de segurança nas aplicações. Não é recomendado o uso em gestantes ou lactantes.
Ao administrar este ativo pela via SC ou IM, recomenda-se a utilização de lidocaína 2% para melhor conforto do paciente.
Efeitos adversos
Em casos comuns, a administração de ocitocina pode causar dor de cabeça, taquicardia, bradicardia, náusea e vômito (1% a 10%).
Em casos raros e particulares, a administração de ocitocina pode causar reação alérgica, erupção cutânea, pressão baixa e dispneia (0,01% a 0,1%).
IMPORTANTE
Este material é de apoio técnico para prescritores e é proibida a sua divulgação para consumidores, nos termos do item 5.14 da RDC 67/2007.
Conteúdos relacionados
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