HCG (Gonadotrofina Coriônica Humana)

HCG: um hormônio essencial

O HCG (Gonadotrofina Coriônica Humana) é um hormônio amplamente reconhecido por sua contribuição no preparo adequado do útero, favorecendo a implantação do óvulo e desempenhando um papel importante para o início e desenvolvimento da gestação.

Estrutura molecular do HCG

Inicialmente secretado pelos trofoblastos, o HCG é composto por um dímero formado por duas subunidades: uma beta, com 145 aminoácidos, e uma alfa, com 92 aminoácidos.

A subunidade alfa é idêntica a outros hormônios glicoproteicos, como o luteinizante (LH), o folículo estimulante (FSH) e o estimulante da tireoide (TSH). Já a subunidade beta apresenta similaridade com o hormônio LH e é diferenciada pelo HCG, o HCG hiperglicosilado e o HCG hipofisário.

As subunidades alfa e beta são unidas por ligações químicas covalentes e iônicas, liberadas individualmente na circulação sanguínea, onde atuam por meio do mesmo receptor utilizado pelo hormônio LH.

Evidências e benefícios na prática clínica

Além de ser fundamental na fertilização feminina, o HCG também apresenta benefícios para pacientes do sexo masculino. Diversos estudos apontam resultados positivos no tratamento do hipogonadismo, condição em que há redução ou anulação completa da espermogênese em decorrência da inibição do hormônio LH endógeno.

A administração de HCG permite a ligação dos receptores de LH nas células de Leydig, promovendo seu estímulo como se fosse o próprio LH endógeno, possibilitando a produção de testosterona e, consequentemente, de espermatozoides. Estudos demonstram que o aumento do LH pela via exógena favorece a produção de espermatozoides, contribuindo para evitar a azoospermia (ausência total de espermatozoides).

O mecanismo de inibição da produção endógena está demonstrado abaixo:

Imagem 1- Condição do organismo na situação do hipogonadismo X terapia do hipogonadismo com HCG
Fonte: Crosnoe-Shipley, L. E. (2015).

Além disso, evidências científicas indicam que o uso do HCG no tratamento do hipogonadismo está associado a menores efeitos colaterais, quando comparado com a terapia hormonal, demonstrado a partir do hematócrito, volume prostático e no nível de estrogênio. Pesquisas também demonstram resultados promissores no uso do HCG como adjuvante na perda de peso, especialmente quando associado a dietas hipocalóricas.

Tecnologia StabilSolution

Devido às características físico-químicas da molécula de HCG, ocorre uma elevada instabilidade em soluções aquosas comuns, sendo evidenciada uma degradação significativa do ativo após a solubilização. Diante desse parâmetro crítico para a eficácia da formulação, foi necessário desenvolver a tecnologia exclusiva StabilSolution, um sistema extremamente eficaz e projetado para garantir o equilíbrio molecular entre todos os ativos presentes na formulação. Essa inovação assegura a estabilidade do HCG, preservando a integridade do ativo e promovendo a eficácia da dose por todo o seu período de utilização.

Via de administração

É recomendada a administração do HCG 150UI/1mL pela via subcutânea (SC), a qual apresenta tempo de meia-vida aproximado de 25 horas. O volume máximo de aplicação, por região, deve ser de 1mL.

Efeitos adversos

A administração subcutânea do HCG pode causar efeitos adversos como dor, vermelhidão, inchaço ou irritação no local da aplicação. Em alguns casos podem ocorrer cefaleia, fadiga e alterações de humor.

O HCG pode favorecer a retenção de líquidos, sendo que o seu uso, por essa razão, deve ser cauteloso em pacientes com histórico de enxaquecas, asma, doença cardíaca ou epilepsia. É contraindicado em casos de hipersensibilidade a qualquer componente da fórmula.