Estresse oxidativo: o que é e como combater

Um desejo frequente de muitos pacientes, que já despertaram para a importância da nutrição, é como podem através da alimentação e suplementação, proteger e otimizar o funcionamento do organismo, retardando também os efeitos do envelhecimento.

Tanto o envelhecimento quanto a saúde das nossas células estão muito ligados à oxidação do organismo, ou ao estresse oxidativo, quando existe um desequilíbrio maior.

A todo o momento nosso corpo está tentando se defender de agressões externas e produzindo radicais livres.

Muitas vezes quando seus pacientes escutam sobre antioxidantes e radicais livres não sabem ao certo como eles atuam no nosso corpo.

Para responder estas questões, preparamos um guia sobre o assunto, onde explicamos o que são radicais livres, como funcionam os antioxidantes, e apresentamos a glutationa, considerada a “mãe de todos os antioxidantes”.

O estresse, a poluição do ar, o envelhecimento e até o excesso de atividade física. Todos esses são fatores que podem induzir o corpo a um estresse oxidativo, que ocorre quando a produção de radicais livres supera a de antioxidantes. Deste quadro podem decorrer diversas doenças, como câncer, diabetes, além de doenças cardiovasculares, respiratórias e neurodegenerativas.

O que são radicais livres

Os radicais livres são substâncias reativas (moléculas instáveis) produzidas naturalmente pelo nosso corpo. Elas são uma consequência natural de diversos processos metabólicos.

São moléculas com elétrons altamente instáveis e reativos, que podem causar doenças degenerativas, de envelhecimento à morte celular.

Essas substâncias, quando formadas em excesso, superam a capacidade do nosso organismo de neutralizá-los, podendo causar danos às nossas células.

Formação dos radicais livres

Uma vez que os radicais livres estão em desequilíbrio, “buscam” em outra célula saudável o elétron que está faltando para voltarem ao equilíbrio. Assim, danificam essa célula saudável.

Fatores que contribuem para a formação dos radicais livres

Os radicais livres e os antioxidantes

Os antioxidantes são substâncias que neutralizam os radicais livres, impedindo que eles ataquem as células saudáveis. Veja a representação da molécula de antioxidante cedendo elétron para molécula de radical livre.

Estresse oxidativo

O ideal é que haja um equilíbrio entre a quantidade de antioxidantes e a de radicais livres que produzimos. Mas, situações como as mencionadas acima, acabam por gerar mais radicais livres do que temos capacidade de neutralizar, promovendo um quadro de estresse oxidativo.
E este estresse leva ao aparecimento de diversas doenças não transmissíveis. Elas vão desde o envelhecimento precoce (em virtude da morte das células), a doenças como Parkinson, Alzheimer e certos tipos de câncer, entre outras.
Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), em 2016 houve 57 milhões de mortes no mundo. Dessas, 41 milhões foram por doenças não transmissíveis, o que representa 71% do total.

Estresse oxidativo é como se denomina a situação de excesso de radicais livres em comparação com o sistema de defesa antioxidante.

Atuação do estresse oxidativo no organismo

O antioxidante “mestre”

A glutationa é o principal antioxidante do nosso organismo, considerada o antioxidante “mestre”, é formada por 3 aminoácidos. Além da sua função antioxidante, também atua na desintoxicação do organismo e como anti-inflamatório. Como consequência, previne e trata doenças. Com o avançar da idade a produção natural desse antioxidante “mestre” é diminuída pelo nosso organismo.

A glutationa também previne e trata doenças através das suas ações:

  • desintoxicante: eliminação de toxinas e metais pesados;

  • anti-inflamatória: evita que o organismo seja danificado (inflamado).

Indicador de saúde

Em estado de saúde, temos um nível adequado de glutationa, uma vez que ela não está sendo demandada pelo organismo. Já a deficiência de glutationa está relacionada ao diagnóstico de doenças degenerativas como Alzheimer e Parkinson, doenças auto-imunes, artrite, asma e outras condições inflamatórias, câncer, disfunção mitocondrial, fraqueza muscular e fadiga.

Como produzir a glutationa

A glutationa é produzida naturalmente em nosso corpo. Mas para isso é preciso fornecer seus precursores ao organismo.

Quanto mais cisteína, mais glutationa

Para se obter 700mg de cisteína, é preciso:

  • 700g de batata;

  • 875g de cenoura;

  • 1kg e 800g de brócolis;

  • 100 unidades de castanha de caju.

Outros fatores essenciais para formação natural da glutationa e proteção antioxidante são: vitamina B2, vitamina E e magnésio como os mais representativos. Além deles, a vitamina C e selênio também contribuem.

Concluindo

Vitaminas, minerais, aminoácidos. Mais uma vez, a alimentação adequada se mostra como a chave para prevenir muitas doenças. Por isso, para quem tem dificuldade em seguir um protocolo mais rígido de dieta, a opção é suplementar os precursores da glutationa. Leve ao conhecimento de seus pacientes essa possibilidade.

Ainda, você pode compartilhar este material e colaborar para que mais pessoas compreendam o que é o estresse oxidativo e a importância dos antioxidantes no processo.