Vitamina C injetável
Resumo
A vitamina C, também conhecida como ácido ascórbico, é um nutriente essencial para a nossa saúde pois não é sintetizada pelo organismo. De acordo com a literatura, possui propriedade antioxidante, citoprotetora, cofatora enzimática e anti-inflamatória, além de contribuir para a imunidade e ser adjuvante no tratamento de diabetes mellitus, da disfunção endotelial e de outras condições.
Sua suplementação em altas doses pela via oral apresenta algumas limitações, tornando a via parenteral uma alternativa interessante, visto que é geralmente bem tolerada. No entanto, deve ser evitada em pacientes com insuficiência renal, deficiência de G6PD, sobrecarga de ferro e anormalidade de hemoglobina S.
Apresentações disponíveis
Vitamina C (20%) 400mg/2mL – EV / IM / SC / ID
Vitamina C (22,2%) 444mg/2mL – EV / IM / SC / ID
Vitamina C (20%) 1g/5mL – uso exclusivo EV
Vitamina C (50%) 5g/10mL – uso exclusivo EV
Vitamina C (20%) 5g/25mL (frasco) – uso exclusivo EV
Vitamina C (40%) 10g/25mL (frasco) – uso exclusivo EV
Vitamina C (20%) 10g/50mL (frasco) – uso exclusivo EV
Introdução
A vitamina C é muito conhecida devido às suas diversas propriedades terapêuticas. Porém, ao contrário da maioria dos mamíferos, o ser humano não tem capacidade de sintetizá-la no organismo, tornando a sua suplementação essencial.
Conforme demonstrado na figura abaixo, a vitamina C é um potente agente redutor, isso é, doa facilmente elétrons às moléculas receptoras.
Figura 1: Estrutura da vitamina C e seu potencial redox.
Fonte: Brookes, 1983.Granger, M., Eck, P, 2018
Ela pode doar dois elétrons sequencialmente, e esses elétrons podem ser doados para radicais livres reativos, os quais, assim, são reduzidos. No entanto, a perda de um elétron resulta na oxidação da vitamina C em radicais livres de ascorbato. O radical de ascorbato é relativamente pouco reativo em comparação a outros radicais livres, mas pode ser reduzido e gerar novamente a vitamina C ao ganhar um elétron, ou pode ser posteriormente oxidado em ácido desidroascórbico quando ocorre a perda de outro elétron (Englard e Seifter, 1986; Levine, 1986).
Diante desse potencial de oxidação-redução, a vitamina C possui duas principais funções:
• Alto potencial antioxidante
• Cofator essencial em diferentes reações enzimáticas, conforme a figura a seguir.
Figura 2: Atividades enzimáticas do cofator da vitamina C.
Fonte: Carr AC, Maggini, S, 2017.
A vitamina C é um cofator de uma família de enzimas biossintéticas e reguladoras de genes mono-oxigenase e dioxigenase. Essas enzimas estão envolvidas na síntese de colágeno, carnitina, hormônios catecolaminas (norepinefrina) e hormônios peptídicos amidados (vasopressina). Além disso, pesquisas indicam o papel da vitamina C na regulação da transcrição genética e das vias de sinalização celular, por meio da regulação da atividade do fator de transcrição e das marcas epigenéticas, como metilação do DNA e metilação de histonas.
Farmacocinética da vitamina C
Existem grandes diferenças na absorção oral e parenteral da vitamina C. A absorção pela via oral não acompanha o aumento da dose após determinadas concentrações. Por exemplo, em resposta ao aumento das doses orais de vitamina C, a concentração plasmática aumenta com ingestões entre 30 e 100mg/dia. Porém, essas concentrações plasmáticas atingem o estado estacionário em concentrações entre 60 e 80μmol/L. Isso é observado em doses entre 200 a 400mg/dia via oral, em adultos jovens saudáveis, com algum grau de variação individual (Levine et al, 2001; Levine et al, 1996).
Isso é, a eficiência de absorção oral de 100% é observada ao ingerir vitamina C em doses de até 200mg/dia. A administração de doses mais altas (>500mg) resulta na absorção de uma fração menor à medida que a dose aumenta. Quando as concentrações plasmáticas desse ativo atingem a saturação, a vitamina C adicional é amplamente excretada na urina.
Por outro lado, a administração endovenosa de vitamina C resolve o controle de absorção no intestino, uma vez que as concentrações elevadas conseguem ser alcançadas no plasma. Dentro de algumas horas, a excreção renal restaura a vitamina C às concentrações plasmáticas basais (Padayatty, et al, 2004).
Mecanismos de ação com comprovações científicas
Imunidade
A vitamina C contribui para a defesa imunológica, apoiando várias funções celulares do sistema imunológico inato e adaptativo. Estudos demonstraram seu estímulo na produção e na função de leucócitos, especialmente neutrófilos, linfócitos e fagócitos (Jariwalla RJ., Harakeh S, 1996; Vallance S, 1977). Além disso, as funções estimuladas pela vitamina C também incluem motilidade celular, quimiotaxia e fagocitose. Ainda, neutrófilos, fagócitos mononucleares e linfócitos acumulam vitamina C em altas concentrações, o que pode proteger essas classes celulares do dano oxidativo (Bergsten P, et al, 1990; Levy R, 1996).
Em resposta aos microrganismos invasores, os leucócitos fagocíticos liberam toxinas inespecíficas, como radicais superóxido, ácido hipocloroso e peroxinitrito; essas espécies reativas de oxigênio matam os patógenos e, nesse processo, podem danificar os próprios leucócitos. De acordo com a literatura, a vitamina C protege os leucócitos do dano oxidativo autoinfligido, por meio das suas funções antioxidantes. Os leucócitos fagocíticos também produzem e liberam citocinas, incluindo interferons, que possuem atividade antiviral (Jariwalla RJ, 1997; Pauling L., 2006). A vitamina C possui ainda a capacidade quimiotática e de morte microbiana dos neutrófilos e estimula a proliferação e diferenciação de linfócitos B e T, provavelmente devido aos seus efeitos reguladores genéticos (Carr AC, Maggini S, 2017).
Disfunção endotelial
A disfunção endotelial é considerada uma etapa inicial no desenvolvimento da aterosclerose e resulta em vasoconstrição generalizada e anormalidades de coagulação. Uma meta-análise de 44 ensaios clínicos randomizados em indivíduos com ou sem condições crônicas resumiu o efeito da suplementação de vitamina C na função endotelial, medindo a febre aftosa (19 estudos), avaliando o fluxo sanguíneo no antebraço (20 estudos) e realizando análise de onda de pulso (5 estudos). A partir disso, descobriu-se que a suplementação a curto prazo com vitamina C tem capacidade de reduzir a disfunção endotelial em indivíduos com insuficiência cardíaca, aterosclerose ou diabetes mellitus. Ainda, diante dos estudos clínicos, não foram apresentados efeitos nos indivíduos com hipertensão. A vitamina C também limitou a disfunção endotelial induzida experimentalmente em voluntários saudáveis, e a melhor função endotelial foi observada com doses diárias acima de 500mg (Ashor AW, 2014).
Diabetes mellitus tipo 2 (DM2)
O excesso de espécies reativas de oxigênio e o estresse oxidativo estão entre os fatores fisiopatológicos subjacentes ao comprometimento do metabolismo da glicose e às complicações vasculares do diabetes tipo 2 (Brownlee M., 2001). Nesse contexto, pesquisas sugerem que a terapia antioxidante pode ser eficaz na melhoria do controle glicêmico e dos fatores de risco cardiovascular em pessoas com diabetes tipo 2.
No estudo “Diet and Health”, do Instituto Nacional de Saúde – Associação Americana de Pessoas Aposentadas (AARP), que incluiu 232.007 participantes, o uso de suplementos de vitamina C, pelo menos sete vezes por semana, foi associado a um risco 9% menor de desenvolver diabetes mellitus tipo 2 comparado ao não uso dos suplementos (Song Y, 2011). Em uma coorte de 21.831 adultos acompanhados por 12 anos no estudo EPIC-Norfolk, descobriu-se que níveis elevados de vitamina C plasmática estavam fortemente associados a um risco reduzido de diabetes (Harding AH,. et al, 2008).
Mason e colaboradores (2021) compilaram dados de 28 pesquisas, que incluíram no total 1.574 participantes, e concluiu que, embora os estudos sejam de curto prazo, a vitamina C apresenta potencial em auxiliar no controle glicêmico e na pressão arterial de pessoas com diabetes tipo 2. Em um estudo mais recente (NOSRATABADI et al, 2023) foram avaliados 22 ensaios clínicos randomizados. Essa revisão sugeriu que a suplementação de vitamina C em longo prazo (≥12 semanas) e em altas doses pode melhorar o perfil glicêmico em pacientes com DM2.
Terapia complementar para pacientes oncológicos
Estudos das décadas de 1970 e 1980 conduzidos por Linus Pauling, Ewan Cameron e colegas sugeriram que grandes doses de vitamina C (normalmente 10g/dia por infusão intravenosa durante 10 dias e por via oral depois disso) aumentaram a sobrevida média de pacientes com câncer avançado, enquanto que para um pequeno grupo de respondedores a sobrevida aumentou até 20 vezes mais do que os controles (Cameron E, Pauling L, 1976). No entanto, dois ensaios clínicos randomizados com ascorbato oral conduzidos pela Clínica Mayo não mostraram nenhum benefício, o que contraria os achados de Linus Pauling e Ewan Cameron (Creagan ET,. et al, 1979; Moertel CG, et al, 1985).
Estudos farmacocinéticos em pessoas saudáveis, utilizando um desenho de depleção-repleção, mostram que a administração endovenosa pode atingir níveis sanguíneos de vitamina C de 30 a 70 vezes mais elevados do que a maior dose oral tolerada (Padayatty, S.J., et al., 2004). Essa diferença de concentração plasmática atingida entre a via oral e a endovenosa pode explicar a discrepância entre o estudo de Cameron e Pauling e os resultados questionáveis observados na Clínica Mayo. Isso ocorre pois concentrações plasmáticas mais elevadas alcançadas através da administração endovenosa de vitamina C são comparáveis àquelas que são tóxicas para células neoplásicas em cultura.
O mecanismo citoprotetor da ação endovenosa da vitamina C ainda necessita de mais estudos para ser elucidado. A vitamina C provavelmente também desempenha um papel na manutenção da integridade do genoma e na proteção contra a transformação celular através da regulação do DNA e das enzimas desmetilantes de histonas (Carr, AC e Cook, J, 2018).
Mesmo diante de dados que relacionam a concentração de vitamina C plasmática com diversos tipos de câncer, o estado desse nutriente em pacientes oncológicos muitas vezes não é avaliado em ensaios clínicos ou na prática clínica. Muitos estudos mostraram consistentemente que pacientes com câncer apresentam níveis médios de vitamina C no plasma mais baixos do que controles saudáveis (Torun et al., 1995; Choi et al., 1999; Mahdavi et al., 2009; Sharma et al., 1999; Mahdavi et al., 2009; Sharma et al., 2009; Emri et al., 2012; Mehdi et al., 2013; Huijskens et al., 2016), e uma grande proporção deles apresenta hipovitaminose C (<23 μmol/L) ou deficiência total (<11 μmol /L) (Anthony e Schorah, 1982; Fain et al., 1998; Mayland et al., 2005 ; Riordan et al., 2005 ; Hoffer et al., 2015; Liu et al., 2016; Shenoy et al., 2017).
A gravidade dessa condição também parece ter impacto no nível de vitamina C, sendo a proporção de pacientes com linfoma e com hipovitaminose significativamente elevada para aqueles com doença de alta carga (Shenoy et al., 2017). Além disso, pacientes com câncer de mama e colo do útero em estágio mais elevado apresentavam níveis de vitamina C significativamente mais baixos do que pacientes com essa condição em estágio inferior (Ramaswamy e Krishnamoorthy, 1996; Khanzode et al., 2004).
Demais indicações
Além dos mecanismos já citados, a literatura aborda outras ações da vitamina C, conforme apresentado de forma resumida na tabela abaixo.
FUNÇÃO
DESCRIÇÃO
Produção de colágeno
Cofator essencial para a lisil e prolil hidroxilases na produção de colágeno.
Antioxidante
Atua como antioxidante doando elétrons aos radicais livres, processo durante o qual é oxidada em ácido desidroascórbico.
Anti-inflamatória
Os radicais livres ativam respostas inflamatórias, assim como a infecção por bactérias ou vírus. Ao controlar a oxidação, a vitamina C evita a oxidação excessiva aguda. Níveis suficientes a longo prazo ajudam a controlar a inflamação crônica.
Mantém a função dos neutrófilos, linfócitos e fagócitos
Os fagócitos eliminam as bactérias com explosões respiratórias, que produzem grandes quantidades de radicais livres. Os glóbulos brancos ativados aumentam a reciclagem de vitamina C para proteger a célula dos efeitos da oxidação.
Suporte aos pacientes oncológicos
Pode auxiliar na resposta à quimioterapia, diminuindo a resistência aos medicamentos e contribuindo para a sobrevida dos pacientes. Além disso, reduz o dano oxidativo ao gene p53 secundário à quimioterapia e radiação. Também melhora a apoptose e morte de células cancerosas, regulando positivamente o gene durante a quimioterapia.
Síntese de neurotransmissores
Facilita a hidroxilação do triptofano em 5-hidroxitriptofano para formar serotonina.
Auxilia na função imunológica
Estimula a produção de interferon e aumenta os níveis de células NK.
Síntese do hormônio adrenal
Acredita-se que a vitamina C esteja envolvida no processo de esteroidogênese, pois o córtex adrenal contém altos níveis de vitamina C, que são esgotados pelo estímulo do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) da glândula.
Tratamento adjuvante da disfunção endotelial
A redução da disfunção endotelial pela vitamina C é atribuída a sua função antioxidante, que aumenta a síntese ou previne a quebra do NO, o qual está diminuído nessa condição de saúde.
Diabetes mellitus
O excesso de espécies reativas de oxigênio e o estresse oxidativo estão entre os fatores fisiopatológicos subjacentes ao comprometimento do metabolismo da glicose e às complicações vasculares do diabetes tipo 2. Nesse contexto, pesquisas sugerem que a terapia antioxidante pode ser eficaz na melhoria do controle glicêmico e dos fatores de risco cardiovascular em pessoas com DM2.
Fonte: Carter. D., Osborne, V., Anderson, P. S, 2022.
Sugestões de uso
Endovenoso
Recomenda-se a administração endovenosa diluindo a ampola em soro fisiológico 0,9% e aplicando com gotejamento inicial lento (45-60min/bolsa), avaliando individualmente cada paciente.
Intramuscular
Recomenda-se a administração intramuscular associada a uma ampola de Lidocaína 2% ou 1%, para maior conforto dos pacientes mais sensíveis. O conteúdo de cada ampola deve ser aspirado em conjunto em uma seringa e aplicado lentamente no músculo ventroglúteo de forma profunda.
Intradérmico
Recomenda-se a administração por via intradérmica, ou por retroinjeção, 1 vez por semana ou a cada 15 dias. O volume indicado para essa via é de 1mL, contudo, é recomendada a administração em quadrantes, evitando administrar todo o conteúdo em um só local.
Subcutâneo
Recomenda-se a administração por via subcutânea, 1 vez por semana, ou intercalando com outros protocolos, a cada 15 dias, na região requerida. O volume indicado para esta via é de 1mL, contudo, pode-se administrar o produto em quadrantes para evitar extravasamento e reações adversas locais.
Segurança
Toda administração deve ser avaliada quanto ao risco e benefício ao paciente. Altas doses de vitamina C são bem toleradas em pacientes devidamente avaliados. No entanto, a terapia com esse nutriente deve ser evitada em pacientes com insuficiência renal e em pacientes com diálise. Deve-se também ter cautela ao administrar vitamina C em pacientes com deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase, pois, em alguns casos, foi relatado na literatura hemólise intravascular após administração de altas doses de vitamina C. Além disso, deve ser evitada em pacientes com sobrecarga de ferro (Carr AC, Cook J, 2018).
Incompatibilidades
A vitamina C tem a sua atividade antioxidante reduzida na presença dos minerais zinco e cobre, sendo, dessa forma, não recomendada a administração dos ativos na mesma bolsa de soro.
A vitamina C pode inativar a metilcobalamina, portanto, não é recomendada a associação desses ativos na administração.
A vitamina C e a pirroloquinolina apresentaram incompatibilidade quando associadas na mesma seringa, sendo, assim, não recomendado o uso conjunto na administração.
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