LION’S MANE

O que é?

Lion’s Mane é uma espécie de fungo comestível (Hericium erinaceus) comumente utilizado na medicina e na culinária dos países asiáticos. Sua riqueza de compostos bioativos como, por exemplo, ß-glucana, isoindolinonas, hericenonas e erinacina faz com que o Lion’s Mane apresente propriedade anti-inflamatória e neuroprotetora, tornando-se um insumo potencial para o tratamento de diversas doenças.

Como funciona?

A diversidade de compostos bioativos presente no Lion’s Mane faz com que esse insumo atue sob diversos mecanismos de ação, exercendo benefícios em uma ampla lista de patologias.

Seus efeitos, já relatados em literaturas, mostram atividade como antibiótico, anticâncer, antioxidante, antidiabético, anti-hipertensivo, hepatoprotetor, prebiótico, estimulador do sistema imune, protetor de isquemia e na redução de triglicerídeos e colesterol. Porém, o Lion’s Mane apresenta um maior destaque quanto à sua ação cerebral, apresentando neuroproteção em doenças como Alzheimer, Parkinson, autismo, depressão e ansiedade.

Especificamente falando de Alzheimer, compostos neuroativos presentes no Lion’s Mane, como hericenonas e erinacina, são capazes de atravessar a barreira hematoencefálica e atuar de forma positiva no cérebro, reduzindo o aparecimento de placas amiloide e o excesso de espécies reativas de oxigênio e promovendo o aumento de neurotransmissores e do fator de crescimento neural (NGF).

A figura abaixo ilustra os principais mecanismos de ação do Lion’s Mane, que são responsáveis por reduzir a progressão da doença de Alzheimer, bem como seus sintomas.

Muitos trabalhos in vitro e in vivo mostram que o uso de Lion’s Mane atua de diversas maneiras no cérebro, sendo capaz de atrasar o desenvolvimento e a progressão da doença de Alzheimer. Um trabalho realizado com animais modelos de doença de Alzheimer demonstrou um aumento da síntese do fator de crescimento neural (NGF), substância essencial para o desenvolvimento e a sobrevivência dos neurônios. Trabalhos similares também constatam que o uso do Lion’s Mane promove uma mielinização mais rápida quando comparado ao placebo.

Japoneses com idades entre 50 e 80 anos, com comprometimento cognitivo leve, foram submetidos a um estudo duplo-cego, em um ensaio clínico, recebendo 1g de Lion’s Mane, 3 vezes ao dia, por 6 semanas.

Houve uma melhora na escala de demência de Hasegawa (HDS-R) quando comparado aos pacientes que receberam placebo. Após 4 semanas, cessado o tratamento, a escala HSD-R voltou a diminuir.

Sintomas de ansiedade e depressão

Em outro ensaio clínico, a administração de Lion’s Mane na dose de 2,0g / dia (em cookies), durante 4 semanas, mostrou redução de alguns sintomas de ansiedade e depressão em mulheres na menopausa (n=30).

Sintomas como palpitações, irritação, ansiedade e concentração mostraram melhores índices quando comparado ao grupo placebo.

Dosagem recomendada

Os estudos mostram o uso com dosagens seguras de 250mg a 5g ao dia.

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